SAIBA MAIS SOBRE O EXAME DE COLONOSCOPIA

A colonoscopia é um exame que permite analisar o revestimento interno do intestino grosso e parte do intestino delgado, em uma área que corresponde ao reto, cólon e íleo terminal. 

A colonoscopia é um exame muito util para detectar algumas lesões como pólipos, tumores, inflamações, úlceras e outras alterações no órgão, sendo atualmente o principal método de rastreamento do câncer de cólon e reto.

É um exame muito importante, que permite prevenir o câncer de intestino por detectar lesões pré-malignas (como os pólipos) e já se recomenda que seja realizado de rotina a partir dos 45 anos na população em geral e se repete a cada 3-10 anos a depender dos achados no exame.

Pode ser necessário a realização mais cedo do exame em casos de sintomas intestinais (como alteração do hábito intestinal, dor abdominal, sangramento nas fezes, emagrecimentos sem causa, anemias em investigação), acompanhamentos de doenças especificas do intestino ou em pessoas com maior risco para câncer de cólon e reto (principalmente com histórico familiar relevante).

• Indicações:

  • Procurar a causa de sangue nas fezes ou hemorragias intestinais;
  • Analisar alterações abruptas no hábito intestinal ou aspecto das fezes como fezes escurecidas ou afinadas;
  • Investigar a causa de diarreia crônica;
  • Encontrar uma possível causa para anemia ferropriva;
  • Investigação de perda de peso inexplicável;
  • Diagnosticar, tratar ou acompanhar colites;
  • Em caso de algumas dores abdominais;
  • Para acompanhar pacientes com histórico de pólipos intestinais;
  • Pessoas com histórico familiar de câncer de cólon e reto ou doenças do intestino.

• Contraindicações:

  • Pacientes com Abdôme agudo perfurativo;
  • Diverticulite aguda;
  • Algumas colites graves sem tratamento;
  • Megacólon tóxico;
  • Obstrução intestinal.

A colonoscopia deve ser adiada em casos como:

  • Infarto recente do miocárdio;
  • AVC recente;
  • Embolia pulmonar recente;
  • Neutropenia importante;
  • Gravidez;
  • Aneurisma de aorta ou de ilíaca importante e sem tratamento;
  • Doenças de base mal controladas (como asma, insuficiência cardíaca, cirrose hepática..).

• Preparação:
Geralmente o preparo é feito apenas na véspera do exame e consiste em manter uma dieta mais leve durante o dia todo e ingerir alguns medicamentos laxantes na noite anterior para que o paciente vá ao banheiro diversas vezes até que a evacuação esteja liquida e clara. Esse é o sinal de que o cólon está limpo e ideal para a realização do exame, pois só assim é possível enxergar a mucosa e encontrar lesões.

É importante beber bastante líquido, de preferência com cores claras (como água, água de coco, gatorade), para não ficar desidratado devido a perda de água pelas fezes liquidas.
Descanse na noite anterior e pare de comer e beber qualquer coisa no mínimo oito horas antes do horário agendado do exame.

Para fazer a colonoscopia, você deve estar acompanhado, pois como é feita a sedação endovenosa, os efeitos podem levar algum tempo e o paciente não poderá realizar atividades que exijam atenção durante o dia todo como dirigir ou trabalhar.

Colonoscopia como procedimento terapêutico:

Por não requerer incisões, o exame pode ser indicado como tratamento minimamente invasivo de diversas patologias, por exemplo:

  • Retirada de pólipos (polipectomias): com ajuda de uma alça na ponta do colonoscópio, o médico laça a base do pólipo e emite uma pequena corrente elétrica, em toda a volta do pólipo, removendo-o por completo.
  • Colocação de próteses no intestino para tornar a luz pérvia;
  • Remoção de corpos estranhos (objetos engolidos por crianças, por exemplo);
  • Tratamento de lesões sangrantes;
  • Ressecção de lesões diversas, inclusive cânceres iniciais;
  • Dilatação de estenoses e estreitamentos intestinais;
  • Tratamento de retite actinica;
  • Ligadura elástica de hemorróidas.

A chance de acontecer intercorrências em uma colonoscopia é muito pequena e o exame é muito seguro.
Mas é importante lembrar que é um procedimento e que você deve procurar o seu médico caso, após o exame:

  • Tiver um sangramento persistente nas fezes;
  • Tiver dor de barriga progressiva e refratária às medicações comuns;
  • Desenvolver febre ou mal estar;
  • Sentir muita tontura e queda de pressão persistente;
  • Ficar com a barriga distendida e firme por tempo prolongado.

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